Olá pessoal, meu nome é Valéria, e é um prazer poder dividir com vocês algumas coisas que eu vou observando, lendo, assistindo nesse mundo a fora. E aproveitei para abrir a minha série de postagens com uma resenha literária... (vocês vão ver muitas minhas aqui).
Editora: Record
Autora: Laura Reese
Gênero: Suspense
Nº de Páginas: 408
Sinopse: Chicotes, roupas justas de vinil negro, um cachorro dinamarquês. O prazer bizarro do sadomasoquismo não fazia muito sentido para Nora Tibbs, jornalista de uma cidadezinha da Califórnia. Isto até o brutal assassinato da irmã. Obcecada pela ideia de encontrar o criminoso, Nora se deixa conduzir pelo misterioso M. por um mundo de jogos perversos, sem regras ou limites, descobrindo os desejos mais primitivos e sensações antes inimagináveis. Atraída pelo magnetismo excêntrico de M., ela só não desconfia que a morte acompanha seus passos e pode até estar ao seu lado, na cama. Suspense com altas doses do mais inusitado tipo de erotismo estão em Falsa Submissão, uma história perturbadora que marca a estreia literária da americana Laura Reese.
A febre 50 tons de cinza inundou o país há um
bom tempo (é, tem muita mulher subindo paredes, louca para assistir a estreia no
cinema em fevereiro de 2015), e aproveitando o embalo dessa febre muitos livros
falando sobre o tema apareceram. Temos como exemplo: Luxúria, Toda Sua, Algemas
de Seda, etc. e etc. Li alguns deles e fui percebendo que ora eles queriam
fazer uma cópia do livro da El. James, ora eles mostravam uma história muito
fraca, ora eram sem sentido. Então, procurando um livro diferente mas que
falasse sobre o mesmo tema, encontrei um que realmente chamou minha atenção:
Falsa Submissão, da escritora Laura Reese.
A história é totalmente
contrária a de 50 tons e derivações. Logo aviso para quem está lendo
esta resenha e pensa que vai encontrar um príncipe, tal como o Christian Grey,
que não tenha esta esperança. E peço que, por favor, se não quiser acabar com seu
encantamento por caras como ele pare de ler esta resenha por aqui.
"O
mundo no qual vivo agora, com M., é doentio, e minha obsessão beira a
autodestruição. Tenho plena consciência disso. E também da minha impotência
para impedi-lo.”
Falsa
Submissão traz consigo um mistério, mistério contado rapidamente em um capitulo
chamado: ‘Antes de começar... ’ Nele traz a voz da personagem Nora Tibbs, uma
jornalista de alguma cidade desconhecida da Califórnia. Ela retrata neste
capitulo a morte inexplicável de sua
irmã chamada Franny,
uma moça tímida e de poucos amigos, que trabalha como enfermeira e vive em uma
cidade pacata, encontrada morta em seu apartamento imobilizada em uma
cadeira por fita isolante, possuindo cortes superficiais por todo o corpo. Mas
tanto o assassino como a causa de sua morte nos parece desconhecidos. Nora tem a
esperança de encontrar o assassino de sua irmã através das linhas escritas no
diário de Franny, titulado como “O arquivo de Franny”, que retrata a sua vida
amorosa com o sádico Michael.
Nora
obcecada para prender o tal assassino vai atrás de M. para adquirir respostas
e, quem sabe, a confissão de que ele matou sua irmã. Mas M. propõe um trato com
Nora: ele dá as respostas para Nora se ela permitir se envolver com ele. Nora
não vê outra saída a não ser aceitar, acreditando que não irá ser manipulada.
À
medida que vai se envolver com M. e seu mundo, Nora começa a se questionar
sobre quem realmente é e sobre sua vida, além de descobrir um novo lado seu que
jamais imaginou.
Laura
Reese te envolve totalmente a ponto de você começar acreditar que Nora está
enganada e que aquele homem envolvente, extremamente culto, com gosto para
Dominação e Sadismo não era realmente o assassino que ela procurava. Até
demonstrar aos poucos a mente doentia por traz dele.
São
personagens muito bem construídos, e com uma intensidade de sentimentos tanto dos
personagens como os seus, este livro demonstra o
quanto a dominação psicológica pode levar as pessoas a fazer tudo por uma
pessoa que se diz a amada ou perfeita para ela; mostra um lado onde se
pode perder a noção da filosofia e chegar ao extremo nas atividades do BDSM,
não deixando de mostrar que mesmo assim seus praticantes têm de certa forma uma
escolha, e que nem todo mundo está qualificado para ser um (a) Dominante e nem
todo mundo é capaz de ser uma submissa (o).
Não
recomendo esse livro para pessoas com o emocional fraco porque nele rola de
tudo: cenas fortes de dominação, mumificação, zoofilia e até um indício de
pedofilia. Cenas essas que são essenciais para entendermos os personagens. Mas,
mesmo com isso tudo, você é incapaz de largar o livro. Quer saber o assassino
de Franny? É tudo tão bem entrelaçado que não dá pra deixar de mão. Tenha uma
boa leitura! Abraços e até mais.
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