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Maze Runner: Correr ou Morrer - Análise




Ao lado de Divergente e Jogos Vorazes, Maze Runner é a terceira distopia a ganhar uma adaptação aos cinemas em 2014.

Titulo original: The Maze Runner
Lançamento: 18 Setembro 2014
Gênero: Ação, Mistério, Sci-Fi
Diretor: Wes Ball
Sinopse: Em um mundo pós-apocalíptico, o jovem Thomas (Dylan O'Brien) é abandonado em uma comunidade isolada formada por garotos após toda sua memória ter sido apagada. Logo ele se vê preso em um labirinto, onde será preciso unir forças com outros jovens para que consiga escapar. 




 O filme é uma adaptação do primeiro livro da saga criada por James Dashner. Todos os meses um novo garoto chega na Clareira, o centro de um labirinto onde eles tem que aprender a conviver uns com os outros e a sobreviver como puderem. Ninguém tem memorias de suas vidas anteriores e a única coisa que conseguem lembrar é o próprio nome. De dia o grupo se divide entre as diversas tarefas no lugar sendo que a mais importante delas é a de explorar o labirinto. Os runners, corredores, ficam responsáveis por correr e enfrentar os desafios do labirinto todos os dias mapeando o local e tentando achar uma saída.

O labirinto em si talvez seja uma das coisas mais impressionantes do filme. Todos os dias de manhã o lugar se abre permitindo que os clareanos explorem seus incontáveis caminhos, ao entardecer entretanto as portas se fecham e é dito que ninguém nunca sobreviveu a uma noite preso do lado de fora. Para aqueles que leram o primeiro livro da saga, não importa a grandiosidade com a qual imaginaram o labirinto do livro, o filme supera. As paredes possuem dezenas de metros de altura e mudam todos os dias para um padrão diferente. Ao contrario de caminhos diretos entre duas paredes o labirinto possui formas geométricas variadas além de armadilhas que podem prender qualquer corredor desatento para sempre. O filme é recheado de suspense e consegue demonstrar bem o labirinto sombrio presente no livro. Assim como nas paginas, acaba criando mais perguntas do que dando respostas, que por sua vez ficam guardadas parcialmente para o segundo e terceiro livro da saga.

Os garotos da clareira estavam acostumados a viver sua vida de forma constante, sem mudanças, ate que um dia um novo garoto, Thomas, chega ao grupo. As regras de repente mudam, as criaturas do labirinto começam a atacar durante o dia, logo as paredes não se fecham mais e o tempo para saírem dali está acabando.

Como uma adaptação o filme ganha pontos por retratar bem cada personagem mas por limitação do tempo de duração acaba correndo muito pela historia criando um ritmo acelerado e superficial demais. A própria forma como lidam com o labirinto e as descobertas feitas não passam a mesma emoção que o livro por serem fáceis de mais no filme e não demonstrarem o mesmo sacrifício ou esforço. As amizades na clareira, que são um dos pontos principais do livro, acabam se tornando muito superficiais e os garotos não tem realmente tempo para se conhecer, para se tornarem companheiros de equipe e enfrentarem juntos os desafios tanto do filme quanto do resto da saga. Além disso muita coisa acaba ficando sem explicação como o linguajar característico dos garotos que sem memoria de nada acabaram criando suas próprias palavras para xingarem uns aos outros. Ainda assim, se você leu o livro, vai se surpreender ao ver como todos os personagens (e seus nomes estranhos) foram bem caracterizados na tela e absolutamente todos fazem um grande trabalho de atuação. Mesmo os coadjuvantes que aparecem vez ou outra tem seu momento e não agem simplesmente como se estivessem ali para fazer numero.

Se as relações entre os garotos foi fraca, um ponto em especial no filme foi completamente destruído em relação ao livro justamente por simplesmente não existir. Em determinado momento uma garota chega na clareira, essa garota durante o sono fala o nome de Thomas e de alguma forma demonstra ter uma ligação com ele. O filme passa essa ligação por flashbacks rápidos entre eles de memorias do passado porem se limita a isso. A garota de certa forma só foi necessária no filme para trazer duas ampolas de remédio que ajudariam a resolver o labirinto, coisa que poderia ter vindo na caixa que trazia as novas pessoas sem a ajuda dela. No livro, Teresa e Thomas demonstram ter uma relação muito mais intima e profunda tendo ate mesmo a capacidade de conversarem a partir do pensamento, algo que o filme simplesmente ignora. Vamos esperar que a garota tenha uma participação maior nas próximas adaptações e a relação dela com Thomas seja devidamente explicada.


A historia do filme é boa e mesmo em meio a tantas distopias lançadas ela é original. Vai te prender na frente da tela do inicio ao fim e mesmo quando acabar você vai se pegar desejando logo a continuação. Apesar dos pontos negativos o filme foi extremamente bem feito dentro do possível e vai surpreender a todos aqueles que estão acompanhando a historia pela primeira vez. Para quem já leu o livro e já sabe como termina, a diversão fica por conta de ver a forma como cada personagem foi adaptado e a grande atuação de cada um que conseguem transmitir perfeitamente as características originais dos personagens na historia. Um filme recomendado que vale o tempo gasto e também uma saga com futuro promissor nas telas.

Para os que assistiram e aguardam ansiosamente a continuação, Prova de Fogo ja foi confirmado para 2016. 



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