
Desenvolvedora: Atlus
Data de lançamento: JP 17/02/2011, AN 26/07/2011
EU 10/2/2012
Classificação: JP R, EUA T, 15+
Midia: Fisica e Digital
Plataformas: PS3 e X360
Meu contato com esse jogo foi por volta de dois anos atrás. Já havia pensado em fazer uma análise diversas vezes mas sempre acabava encontrando algo que me chamava a atenção e fazia com que eu esperasse um pouco mais antes de escrever. Agora, dois anos depois, algumas centenas de horas gastas, e total satisfação por superar os desafios impostos, venho escrever/analisar/relatar minha experiência.
Como dizem que a primeira impressão é tudo, Catherine logo me conquistou pela capa. Já não bastasse o histórico de sucesso do time de desenvolvimento, a capa de Catherine foi o toque final que me fez comprar a obra. Diferente, única, ousada de certa forma e totalmente misteriosa, temos algo que revela bastante e ao mesmo tempo não revela nada. Uma garota loira, ovelhas, travesseiros e um símbolo estranho.



A historia é contada em três jogabilidades distintas, a primeira é única e chamada de "Pesadelos", a segunda é o "Drama" e a terceira o "Stray Sheep". Logo no começo somos jogados direto para o primeiro pesadelo onde aprendemos os tutoriais de escalada. O modo pesadelo consiste em escalar uma torre de blocos que se desmontam com o tempo, até se atingir o topo. Cada pesadelo é composto de em media três torres com intervalos entre elas, onde Vincent pode interagir com os outros personagens e responder



A primeira cena demonstra um pouco mais dos detalhes gráficos de perto, mantendo o padrão de qualidade e dando uma personalidade característica para cada personagem. As reações caricatas e exageradas de Vincent e o ar frio e direto de Katherine ficam muito bem representados sem sair da lógica proposta ou criar uma situação cômica. Sempre que Vincent se encontra em uma situação moral complicada a barra de carma é exibida como forma de pressionar o jogador e mostrar em qual nível de bondade/maldade o jogador está.
Após sermos introduzidos ao modo Drama acabamos indo parar finalmente no Stray Sheep, que é


A partir desse ponto o jogo entra em um ciclo. Passamos pelos pesadelos a noite, acordamos para o drama e acabamos no Stray Sheep. A cada dia os pesadelos se tornam piores e mais perigosos, apresentando novos tipos de blocos, dificuldades maiores e técnicas mais elaboradas. Pessoas começam a aparecer mortas na realidade em decorrência da morte no sonho e a lenda da maldição se espalha cada vez mais, dizendo que somente quem chegar ao topo da última torre vai se livrar dos pesadelos e ganhar um prêmio. As decisões de Vincent essencialmente representam uma escolha entre Katherine e Catherine, a "boa" e a "má", a primeira representando a estabilidade da vida e o compromisso enquanto a outra representa a rebeldia e o aproveitamento do momento vivido sem a preocupação com o futuro. Com oito finais disponíveis divididos entre três finais verdadeiros, dois ruins e três bons, as escolhas do jogador definem qual será visto, e para acessar outro final basicamente e necessário jogar todo o jogo novamente. A Atlus pensou bem nesse fator de replay pois se você tiver conseguido o troféu de ouro na escalada de cada dia você pode pular aquela torre nos gameplays seguintes ao primeiro, permitindo que somente a parte da história seja jogada com escolhas diferentes agora.
Não vou dar spoilers aqui, mas a trama que começa com o simples caso de um homem que traiu sua namorada acaba se desenvolvendo em algo digno dos Personas e Shin Megami Tensei da Atlus, com personagens psicodélicos, revelações sobrenaturais e detalhes ocultos espalhados pela história.
Divertido, único, interessante e curioso, o Golden Playhouse e a Midnight Venus irão te entreter por longas horas na vida de Vincent em busca de todas as possibilidades possíveis e talvez aprendendo algumas lições de vida sobre traição.
Agora, se você já fechou o jogo e ganhou todos os troféus/conquistas possíveis do modo história... bem vindo ao Babel, outro modo de jogo presente no menu principal também apresentado pela Midnight Venus.
Babel consiste em quatro torres que podem ser jogadas por uma ou duas pessoas, mas que diferentes das torres fixas do jogo são geradas aleatoriamente. Enquanto no modo história as fases são fixas, sendo possível observar gameplays na internet que ajudam a passar desafios (e acredite, eu mesmo acabei vendo alguns), Babel é para os jogadores hardcore que realmente querem aprender as mecânicas do jogo e os triks possíveis para realizar as escaladas gigantescas - que chegam a durar ate uma hora e então serem premiados com o nome no placar mundial. Altarm, Menhir, Obelisk e Axis Mundi são as quatro torres e estão organizadas da mais fácil para a mais difícil (e mais alta). O modo de jogo pode ser divertido para alguns e frustrante para outros. Jogar por quase uma hora, cair e ter que começar novamente pode ser uma experiência traumatizante quando repetida mais de 20 vezes antes de se alcançar o objetivo (e descobrir que o seu tempo foi péssimo em relação aos asiáticos viciados que milagrosamente conseguem escaladas perfeitas em tempo extremamente curtos), mas é exatamente o desafio e o mérito que incentivam o jogador a continuar tentando melhorar e se tornar uma ovelha escaladora profissional.
Posso afirmar que Catherine entra facilmente na minha lista de jogos preferidos e se você gosta de uma historia diferente, algo inovador e fora do comum, é uma escolha certa para se jogar. Só não se esqueça de uma coisa... homens que traem suas mulheres são amaldiçoados e então, se você cair...
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