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A Viagem de Chihiro - Análise

Olá, pessoal! Meu nome é Adolfo e hoje estou apresentando a vocês a minha primeira análise de obra em muito tempo, então me deem um desconto. Vou tratar aqui do longa de animação A Viagem de Chihiro, nesta primeira parte fazendo um resumo do início do filme a fim de contextualizar alguns elementos nele. Enfim, espero que gostem desta perspectiva.


Saúde!

FICHA TÉCNICA
Título: A Viagem de Chihiro (Sen to Chihiro no Kamikakushi, no Japão; Spirited Away, nos E.U.A.)
Ano de lançamento: 2001 
Produtora: Studio Ghibli 
Diretor: Hayao Myiazaky 
Trilha Sonora: Joe Hisaishi 
Gênero: Animação, Aventura, Fantasia 
Sinopse: Chihiro é uma garota de 10 anos que acredita que todo o universo deve atender aos seus caprichos. Ao descobrir que vai se mudar, ela fica furiosa. Na viagem, Chihiro percebe que seu pai se perdeu no caminho para a nova cidade, indo parar defronte um túnel aparentemente sem fim, guardado por uma estranha estátua. Curiosos, os pais de Chihiro decidem entrar no túnel e Chihiro vai com eles. Chegam numa cidade sem nenhum habitante e os pais de Chihiro decidem comer a comida de uma das casas, enquanto a menina passeia. Ela encontra com Haku, garoto que lhe diz para ir embora o mais rápido possível e ao reencontrar seus pais, Chihiro fica surpresa ao ver que eles se transformaram em gigantescos porcos. É o início da jornada de Chihiro por um mundo fantasma, povoado por seres fantásticos, no qual humanos não são bem-vindos.

A VIAGEM
Lançado em 2001, escrito e dirigido pelo mestre Hayao Myiazaky, e vencedor dos prêmios Oscar (de melhor animação) e Urso de Ouro de Berlim, A Viagem de Chihiro conta a história de uma garotinha com dez anos de idade, Chihiro (dã!), que está de mudança com os seus pais, Akio e Yuko Ogino. De pernas finas, desajeitada, e cheia de besteira, ela nem desconfia de que o que seria uma mudança de casa logo se tornará uma mudança na sua forma de ver o mundo; ela nem desconfia - muito menos e principalmente seu pai - de que o que deveria ser um despretensioso atalho se tornaria caminho para um lugar onde não deveriam estar; onde parecia que ninguém havia estado ali há muito tempo...  E há tempo que no começo da trilha nada havia além de uns pequeninos túmulos.


LEITO SECO
Feito é bem característico de Myiazaky, os personagens que ele cria sempre trazem uma carga de valores e de costumes que não são exclusivos a eles somente, a conduta deles entre si e também diante do acontecimentos no enredo sempre dando margem a uma crítica à postura humana. Além de um forte apelo ecológico. Ainda no começo do filme já se pode perceber essa forma de abordagem do autor: fora do caminho da sua nova casa, numa trilha que deu num túnel inusitado, contrapõem-se a tendência dos pais de Chihiro em descobrir o que há do outro lado ao desinteresse da menina em sair da sua zona de conforto. Fora o seu receio de sair ao ar-livre (não se poderia dizer que esta é uma marca da atual geração?)
http://screencaps.us/200/1-spirited-away/full/spirited-away-disneyscreencaps.com-455.jpg?Uma vez atravessado o túnel - que na entrada parecia os inspirar para dentro de si - chegou-se a uma estação vazia, na qual os pais ouviam ao longe um trem. E além da estação... Verdes colinas e construções coloridas por todos os lados: como se tivessem ido parar noutro mundo, de uma trilha obscura entre árvores que dava num túnel tendo chegado a um parque de diversões aparentemente falido e abandonado.
Algo no começo intrigante nessa cena é que tendo abandonado o local para seguirem em frente, enquanto os pais ouviam um trem lá fora e a Chihiro nada, do lado de fora os pais dela não pareciam dar muita importância a nada além de um cheiro de comida que sentiram lá fora, enquanto somente a menina percebia que o prédio que deixavam para trás aparentemente gemia...
Não demoram muito até chegarem algum lugar ali; seguindo pelas colinas atravessam o que há tempos deveria ter sido um rio, um leito de pedras com um riachinho passando em silêncio entre elas - e aqui se pode ter mais uma impressão de como Chihiro é frágil e talvez boba, enquanto se esticando toda tem dificuldades para passar pelas pedras avistam umas casinhas acolá. Casinhas perdidas no tempo, testemunhos de um mundo perante outro, cuja história um pouco mais a frente começa se desenrolar e dar forma a própria complexidade e profundidade. Passadas as apresentações, onde a história verdadeiramente começa...

E de onde começarei a escrever a próxima parte, noutra publicação.

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