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Kingdom Hearts 1.5 HD REMIX - Análise 1

   Surgido de um encontro casual entre executivos da Squaresoft e da Disney enquanto pegavam o elevador, Kingdom Hearts foi uma uma ideia única que procurava misturar os mundos de ambas as empresas em uma aventura épica. Lançado em 2002, o primeiro titulo da serie acabou sendo tachado de infantil pelos jogadores mais hardcores que nem chegaram a dar uma chance ao jogo que acabou ocupando o espaço de bons jogos mas esquecidos pelo publico ao lado de outros como Okami e Rogue Galaxy.

Titulo: Kingdom Hearts 1.5 HD Remix
Lançamento: 10/09/2013
Plataforma: PS3
Midia: Fisica
Gênero: Action RPG
Jogos no disco: Kingdom Hearts, Kingdom Hearts Re: Chain of Memories, Kingdom Hearts 358/2 Days (CGs)





UM RESUMO DA HISTORIA
   Ao começar o jogo somos apresentados as Ilhas do Destino e ao trio de amigos, Sora, Riku e Kairi.
As crianças estão construindo uma jangada e desejam um dia sair do pequeno complexo de ilhas em que vivem e viajar para mundos distantes. Uma noite antes da data da partida algo estranho acontece e uma tempestade se aproxima. Sora corre para tentar salvar a jangada mas é atacado por criaturas feitas de sombra aparentemente imune aos ataques físicos de sua espada de madeira. Ao avistar Riku desaparecendo em um portal negro, Sora volta sua atenção em encontrar Kairi e durante à busca acaba aprendendo a invocar a Keyblade, uma espada única e poderosa em formato de chave que tem o poder de afastar as trevas e abrir qualquer coisa. Ele encontra a garota em uma caverna parada em frente a uma porta misteriosa que se abre jogando ambos de volta a entrada do lugar. Sora sente Kairi se chocar contra ele mas ao procurar ao redor a ela simplesmente tinha desaparecido e as ilhas começavam a se desintegrar. Ficando à deriva no oceano das trevas, o garoto desmaia e acorda com o latido de um cachorro, Pluto, em um local que nunca tinha visto antes, um novo mundo chamado Traverse Town. 
   É basicamente aqui que a aventura real começa e encontramos Donald e Goofy (Chamado de Pateta no Brasil) que acompanham Sora em sua jornada. O mundo é habitado por personagens famosos dos jogos de Final Fantasy como Squall Lionheart, Yuffie, Aerith e Cid Highwind e eles são os responsáveis por orientar o jogador ao longo da aventura. Existem diversos mundos diferentes que originalmente não tinham nenhuma ligação entre si, mas os heartless, as criaturas de sombras feitas a partir do coração das pessoas, começaram a invadir esses lugares e a quebrar a parede entre os mundos. Sora e a Keyblade são os únicos capazes de fechar as "fechaduras" presentes em cada mundo e impedir as trevas de dominarem totalmente o lugar e acabarem causando o mesmo que aconteceu com as Ilhas do Destino. O trio sai então percorrendo os mundos com ajuda da nave gumy e com três objetivos em mente, encontrar Kairi e Riku, fechar as fechaduras e encontrar o Rei Mickey que desapareceu investigando os heartless.
   A trama se desenrola de forma a ganhar mais complexidade com o tempo e vemos Riku ser dominado pelas trevas e possuído pelo espírito de Ansem,o vilão da historia que tem como objetivo conquistar o Kingdom Hearts, a grande luz que ilumina todos os mundos. Para chegar a esse objetivo Ansem manipula Maleficent (a Malévola do filme A Bela Adormecida) e outros vilões como Capitão Gancho (Peter Pan), Jafar (Aladdin), Cleiton (Tarzan) e Oogie Boggie (O Maravilhoso mundo de Jack) que tentam impedir o trio de heróis de descobrir a verdade enquanto procuram pelas sete princesas do coração que juntas tem o poder de abrir a porta para o Kingdom Hearts.

A SAGA
A historia apesar de épica e incrível acabou não ficando muito conhecida a principio mas ganhou notoriedade e consequente fama com os lançamentos posteriores da serie.  Ao contrario do que os fãs pensavam, os vídeos especiais no fim do primeiro jogo não representavam eventos da sequencia numerada mas sim dois jogos spin-offs, Kingdom Hearts: Chain of Memories, lançado para GBA em 2004 e Kingdom Hearts 358/2 Days, lançado para o Nintendo DS em 2009. Ambos os jogos se passavam entre o jogo original e sua sequencia, Kingdom Hearts 2 (lançado em 2005) e eram imprescindíveis para a compreensão da trama que se formava. Chain of Memories recebeu um Remake para o PS2 em 2007 mas Days se manteve exclusivo. Quem jogou Kingdom Hearts 2 em seu lançamento acabou se deparando com a complicada tarefa de achar um GBA e uma fita do jogo para poder acompanhar a historia sem nenhuma quebra de eventos. Apesar das reclamações, esses lançamentos fragmentados continuaram a acontecer e logo Kingdom Hearts Birth By Sleep foi lançado para PSP em 2010 contando eventos que ocorreram antes de Kingdom Hearts 1 e explicando varias coisas que ficaram em aberto nos jogos anteriores além de apresentar um novo trio de protagonistas. Kingdom Hearts Coded foi lançado para celulares em 2008 e apesar de não acrescentar quase nada na franquia, em seus momentos finais apresentava o conteúdo de uma carta encontrada no final do segundo jogo da serie que ate então não tinha sido apresentado. Junto aos jogos anteriores, Kingdom Hearts 3D: Dream Drop Distance lançado para o 3DS em 2012 representava a ligação dos primeiros jogos com o mais recente anuncio da Square, Kingdom Hearts 3.

 
É desnecessário dizer que com tantos lançamentos Kingdom Hearts se tornou famoso e a terceira sequencia numerada da serie é um dos jogos mais esperados atualmente. Ainda assim, a grande quantidade de jogos lançados e o variado numero de plataformas pode acabar apresentando um problema para quem aqueles que querem começar a acompanhar a serie agora ou mesmo quem acabou não tendo acesso a algum dos títulos lançados. Esses problemas logo foram resolvidos com o anuncio de Kingdom Hearts 1.5 HD Remix e Kingdom Hearts 2.5 HD Remix, o primeiro contendo uma versão remasterizada do primeiro jogo da serie e de Chain of Memories além de 2.5 horas de CGs contando toda a aventura de 358/2 Days. O segundo pacote vinha com uma versão HD de Kingdom Hearts 2 e de Birth By Sleep alem de mais um conjunto de CGs contando a historia de Coded. Vamos estar analisando nesse artigo o Kingdom Hearts 1 HD vindo no pacote 1.5 e posteriormente em outro artigo o Chain of Memories e o Days.

A ANÁLISE
   A versão do primeiro jogo presente no pacote é inédita no ocidente. Ela é chamada de "Final Mix" e
só tinha sido lançada no Japão. Contendo novas armas, novas habilidades, mais cenas em CG, novas ações e objetivos, sem duvidas mesmo os que jogaram o jogo original no PS2 vão encontrar diversão e novidades nessa remasterização. O jogo foi retrabalhado com diversas melhorias dos novos jogos da serie como um novo sistema de controle de câmera pelo analógico direito ao contrario dos gatilhos R e L, adição de troféus da PSN, uma reformulação do menu que ficou mais amigável e fluido além da adição dos reaction comands apresentados em Kingdom Hearts 2, a possibilidade de pular as CGs, áudio remasterizado e a opção de alterar entre o inglês e o japonês, legendas em cinco idiomas diferentes, gráficos em HD, novos modelos de personagens baseados em Kingdom Hearts DDD e musicas totalmente remasterizadas.
   Logo de cara nos impressionamos com os gráficos do cenário e a resolução das texturas que
realmente dão uma vida nova ao jogo. A qualidade do áudio esta muito melhor e o novo controle de câmera funciona melhor que o antigo. O formato de imagem 16:9 se encaixou bem e o hud em HD esta perfeito. Entretendo, apesar da resolução maior, fica um pouco óbvio que o jogo já é datado e poderia ter tido um tratamento muito melhor por parte da Square. O oceano ao contrario de ter vida própria e realmente ser composto de fluido é somente uma ação com poucos frames. As ondas se repetem em um padrão óbvio além da agua na praia subir e recuar de forma mecânica em três frames diferentes fazendo o movimento se tornar ridículo. A câmera, apesar de melhorada, ainda sofre do mesmo problema que a original, os ângulos de enquadramento são os
piores o possivel e insistem em manter os inimigos fora do campo de visão causando mortes ou quedas ridículas que poderiam ser facilmente evitadas. O próprio modelo de personagens que apesar de ser melhor que o original ainda é muito inferior a capacidade do PS3. Os detalhes da rouba e da Keyblade são chapados sem volume real, limitações do 3DS que foram mantidas ao importarem os personagens. Além disso de alguma forma o jogo altera entre o personagem novo e o que aparenta ser o velho, cenas em que a câmera se aproxima de mais do rosto mostram as vezes algo em HD e muito bem feito, mas logo por algum motivo acabam mostrando depois um rosto sem muitos detalhes ou profundidade cheio de pixels estourados. Outro detalhe que considero um descaso da Square é com as CGs novas que não eram dubladas no Final Mix original mas que com a remasterização poderiam finalmente ter ganho áudio, o que não ocorreu.

Apesar das criticas o valor nostálgico e as melhorias apresentadas fazem valer a pena o investimento em Kingdom Hearts 1.5 HD Remix. Sendo dois jogos e um filme pelo preço de um único jogo, quem já teve contato com a serie antes vai poder experimentar um jogo revigorado e com extras, o que mantém a ansiedade para Kingdom Hearts 3 controlada. A boa lista de troféus do pacote garante bastante tempo de jogo e uma dificuldade moderada para atingir a platina. Aos fãs de longa data e aos novos jogadores, esse é mais um grande titulo do PS3 que chega como compra obrigatória.


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